Eritrodisestesia Palmo-Plantar: sintomas, graus e tratamentos para a Síndrome mão-pé

A eritrodisestesia palmo-plantar, também conhecida como síndrome mão-pé (SMP), é uma reação cutânea tóxica comum em pacientes submetidos a quimioterapia. 

Essa condição ocorre devido ao extravasamento de pequenas quantidades de medicamentos quimioterápicos pelos capilares das palmas das mãos e plantas dos pés. Neste artigo, abordamos os sintomas, classificação e tratamentos para essa condição.

O que é eritrodisestesia?

A eritrodisestesia palmo-plantar é uma condição dermatológica caracterizada pela inflamação e irritação cutânea em regiões sujeitas a alta pressão e calor, como as mãos e os pés. 

Esta condição está associada ao uso de determinados medicamentos quimioterápicos, como capecitabina, 5-fluorouracil e doxorrubicina lipossomal. A reação resulta da concentração do medicamento nos tecidos periféricos, causando alterações celulares e danos na pele. 

Além disso, é comum que o quadro inicial seja caracterizado por sensações de formigamento, queimação ou desconforto.

Quais são os graus de eritrodisestesia?

A eritrodisestesia é classificada em três graus, de acordo com a gravidade dos sintomas e o impacto na qualidade de vida do paciente. Cada grau exige uma abordagem específica de tratamento.

Grau 1

No grau 1, os sintomas incluem eritema (vermelhidão) leve, edema discreto e sensações de formigamento ou desconforto. Nessa fase, não há limitação significativa das atividades diárias, mas é importante prevenir a progressão para graus mais severos. O manejo inicial pode incluir hidratação intensa da pele e proteção contra o atrito.

Grau 2

O grau 2 é caracterizado por dor moderada, descamação, inchaço mais evidente e vermelhidão intensa. Os pacientes podem apresentar dificuldade para realizar atividades que envolvam o uso das mãos ou dos pés. Nessa etapa, além das medidas de autocuidado, pode ser necessário o ajuste da dosagem do medicamento quimioterápico.

Grau 3

No grau 3, os sintomas tornam-se graves, incluindo dor intensa, ulcerações, fissuras e limitação funcional significativa. Os pacientes podem precisar interromper temporariamente a quimioterapia. Intervenções como terapia a laser, medicamentos tópicos e orientações específicas para cuidados domiciliares são essenciais para o alívio dos sintomas.

Como tratar a Síndrome mão-pé (SMP) causada por quimioterapia?

O tratamento da SMP depende da gravidade dos sintomas e do tipo de quimioterapia em uso. Algumas medidas gerais incluem:

• Hidratação intensiva: uso de cremes emolientes específicos para reduzir a descamação e irritação.
• Evitar calor e atrito: recomenda-se calçados confortáveis, luvas e a redução de atividades que gerem pressão.
• Tratamento tópico: cremes com ureia ou corticosteroides aliviam a inflamação.
• Modificação da quimioterapia: em casos graves, a dose pode ser ajustada ou o tratamento interrompido.
• Terapia com laser de baixa intensidade (Fotobiomodulação – FBM): uma abordagem inovadora e eficaz, promovendo reparo tecidual, analgesia e reversão de sintomas. Ideal para pacientes oncológicos com toxicidades severas.

Qual protocolo de tratamento com Recover e Laser Duo?

O uso de tecnologias como o Recover e o Laser Duo tem demonstrado eficiência na recuperação da pele afetada pela SMP. O protocolo pode incluir:

1. Terapia com Laser Recover MMO: utiliza laser de baixa intensidade para regeneração tecidual, aliviando sintomas como dor e inflamação.
2. Terapia com Laser Duo: combina comprimentos de onda específicos para reduzir a inflamação, promover cicatrização acelerada e melhorar o conforto do paciente.
3. Sessões programadas: normalmente, são indicadas sessões semanais ou quinzenais, dependendo da gravidade do caso.
4. Acompanhamento dermatológico: o monitoramento constante do progresso ajuda a ajustar as intervenções conforme necessário.

A eritrodisestesia palmo-plantar é uma condição desafiadora, mas tratável com os protocolos e tecnologias adequados. O reconhecimento precoce dos sintomas e a implementação de cuidados preventivos e terapias inovadoras são cruciais para minimizar o impacto dessa condição na qualidade de vida dos pacientes em tratamento quimioterápico.

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