Medicina alternativa

Fotobiomodulação como alternativa para radiodermite em mulheres com câncer de mama

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Nos últimos anos, a fotobiomodulação (FBM) tem se mostrado uma técnica promissora no manejo de lesões cutâneas causadas pela radiodermite. A utilização de luz de baixa intensidade, seja laser ou LED, tem demonstrado benefícios na redução de sintomas e na aceleração do processo de cicatrização. 

Neste artigo, exploramos o que é radiodermite, como a fotobiomodulação pode ser aplicada como tratamento e os benefícios que essa tecnologia oferece para pacientes com câncer de mama.

O que é radiodermite?

A radiodermite é uma condição dermatológica causada pela exposição à radiação ionizante utilizada no tratamento do câncer, em especial a radioterapia. Essa condição se caracteriza por uma resposta inflamatória da pele, que pode variar de uma leve irritação e vermelhidão (eritema) até lesões graves com ulcerações e necrose. 

Nos tratamentos de câncer de mama, a radiodermite é uma complicação frequente devido à alta sensibilidade da pele aos feixes de radiação, especialmente nas áreas mais afetadas pela radioterapia.

A radiodermite é classificada em diferentes graus:

  • Grau 1: eritema leve e descamação seca.
  • Grau 2: descamação úmida em dobras cutâneas.
  • Grau 3: descamação úmida com dor intensa.
  • Grau 4: necrose cutânea.

Essa condição afeta diretamente a qualidade de vida dos pacientes e, em casos severos, pode exigir a interrupção temporária do tratamento radioterápico, atrasando a recuperação do câncer.

Como ocorre a radiodermite?

A radiodermite ocorre porque a pele humana é altamente sensível à radiação, principalmente devido ao ciclo de rápida divisão celular das células cutâneas. Durante a radioterapia, os feixes de radiação penetram a pele, atingindo células saudáveis e danificando sua estrutura. Como resultado, a pele se torna vulnerável, apresentando sintomas como:

  • Vermelhidão (eritema) causada pela dilatação dos vasos sanguíneos.
  • Descamação seca ou úmida, devido à desidratação e à destruição da camada superficial da pele.
  • Edema (inchaço), resultante da maior permeabilidade capilar.
  • Dor e desconforto, decorrentes da inflamação local.

Esses sintomas geralmente se manifestam de 2 a 4 semanas após o início da radioterapia, sendo mais intensos nas regiões com maior exposição ao feixe de radiação. A radiodermite pode se agravar se não for devidamente tratada, comprometendo tanto a integridade da pele quanto o sucesso do tratamento oncológico.

O que é a fotobiomodulação (FBM)?

A fotobiomodulação (FBM) é uma técnica terapêutica baseada no uso de luz de baixa intensidade, emitida por lasers ou LEDs, com o objetivo de estimular processos bioquímicos nas células e promover a regeneração dos tecidos. 

Ao contrário de outras formas de terapia a laser, a fotobiomodulação não produz calor, o que a torna uma alternativa segura e não invasiva para tratar lesões de pele, como a radiodermite.

A FBM atua diretamente nas células, promovendo a reparação dos tecidos danificados e aliviando os processos inflamatórios. Entre os principais efeitos da fotobiomodulação estão:

  • Estimulação da mitocôndria, aumentando a produção de ATP (energia celular).
  • Redução da inflamação, graças à inibição de substâncias pró-inflamatórias.
  • Aumento da circulação sanguínea local, favorecendo a oxigenação e a nutrição dos tecidos.
  • Aceleração da cicatrização, ao estimular a proliferação de fibroblastos e outras células envolvidas na regeneração tecidual.

Esses benefícios tornam a fotobiomodulação uma excelente opção para o tratamento e prevenção de lesões causadas pela radiodermite, proporcionando alívio imediato e melhorando a recuperação da pele afetada.

Benefícios da fotobiomodulação para o tratamento da radiodermite

Os principais benefícios da fotobiomodulação no tratamento da radiodermite incluem:

  • Redução da inflamação: a FBM atua diretamente nos mediadores inflamatórios, ajudando a minimizar o inchaço, a dor e o desconforto da área afetada.
  • Aceleração da cicatrização: estimula a renovação celular e a proliferação de colágeno, ajudando na recuperação das áreas danificadas pela radiação.
  • Melhora na integridade da pele: promove a reparação da barreira cutânea, reduzindo a perda de água e protegendo contra infecções.
  • Alívio da dor: a fotobiomodulação diminui a sensibilidade dolorosa, proporcionando conforto durante e após o tratamento radioterápico.
  • Prevenção do agravamento das lesões: quando usada de forma preventiva, a FBM pode evitar que as lesões se agravem para estágios mais avançados de radiodermite.

Esses benefícios tornam a fotobiomodulação uma alternativa eficaz e segura para pacientes que enfrentam os desafios do tratamento radioterápico.

Protocolo de tratamento com fotobiomodulação

Para maximizar os efeitos da fotobiomodulação no tratamento da radiodermite, o uso deve seguir um protocolo adequado:

  • Prevenção: o protocolo preventivo recomenda que a FBM seja aplicada entre 24h e 6h antes de cada sessão de radioterapia. O uso do laser vermelho (L1) por 20 segundos (02 Joules) ajuda a preparar a pele, diminuindo a probabilidade de lesões.
  • Tratamento: caso a radiodermite já esteja instalada, o tratamento envolve a aplicação do laser vermelho (L1) por 30 segundos (03 Joules) em cada centímetro da área afetada. Isso promove a recuperação da pele lesionada. O tratamento pode ser associado ao uso de vitamina B5 em solução aquosa, que potencializa o efeito regenerador da FBM.

Resultados esperados com o uso da fotobiomodulação

Os resultados esperados com o uso regular da fotobiomodulação incluem:

  • Redução significativa do eritema e do inchaço nas primeiras sessões.
  • Melhora da integridade da pele, com regeneração mais rápida dos tecidos danificados.
  • Diminuição do desconforto, como dor e sensibilidade ao toque, promovendo uma melhor qualidade de vida ao longo do tratamento radioterápico.
  • Prevenção de complicações mais graves, como a formação de úlceras ou necrose.

Pacientes relatam que, com o uso da fotobiomodulação, há uma percepção clara de alívio dos sintomas logo após as primeiras sessões, além de uma recuperação mais rápida da pele.

Segurança no uso da fotobiomodulação

A fotobiomodulação é um tratamento seguro e não invasivo, amplamente utilizado em diversas áreas da medicina. Quando realizada por profissionais capacitados, a FBM apresenta um risco mínimo de efeitos adversos. 

Além disso, por ser um procedimento indolor, as sessões são confortáveis e bem toleradas pelos pacientes. Sua aplicação regular durante o tratamento radioterápico garante uma recuperação mais eficaz e uma melhor qualidade de vida.

Se você deseja saber mais sobre o uso da fotobiomodulação no tratamento de radiodermite, acompanhe outros conteúdos no blog da OdontoEquipamentos e descubra como essa tecnologia pode beneficiar suas pacientes.

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