O gesso odontológico é um dos materiais mais utilizados nos laboratórios odontológicos, sendo essencial para a confecção de moldes e modelos precisos que auxiliam em uma variedade de tratamentos, como próteses, ortodontia e reabilitação oral.
Neste conteúdo, abordamos o que é o gesso odontológico, os tipos disponíveis, como manipulá-lo corretamente e os cuidados essenciais para garantir sua qualidade e durabilidade. Confira!
O que é o gesso odontológico?
O gesso odontológico é uma forma modificada de sulfato de cálcio di-hidratado, amplamente utilizado na odontologia para criar moldes e modelos dentários.
Ele surge através de um processo chamado calcinação, que desidrata parcialmente a gipsita mineral, resultando em um material com propriedades mecânicas adequadas para a modelagem dentária.
Dependendo do processo de fabricação e das características desejadas, o gesso odontológico pode ser classificado em diferentes tipos, cada um com suas próprias propriedades de resistência, dureza e aplicação específica.
Tipos de gesso utilizados em laboratórios odontológicos
Existem diferentes tipos de gesso odontológico, classificados conforme a American Dental Association (ADA). Cada tipo possui propriedades específicas que influenciam sua aplicação no laboratório odontológico. O uso correto de cada tipo é essencial para garantir a qualidade dos modelos dentários e o sucesso dos tratamentos.
Gesso tipo I e II: aplicações comuns
O gesso tipo I, também conhecido como gesso para moldagem, possui baixa resistência e alta porosidade. Era utilizado no passado para moldagens de tecidos bucais em pacientes edêntulos, mas atualmente seu uso é muito reduzido devido à introdução de materiais mais modernos, como o alginato.
Já o gesso tipo II, ou gesso comum, é mais utilizado em laboratórios. Suas partículas são irregulares e porosas, e ele é indicado principalmente para confecção de modelos de estudo e para fixação de moldes em articuladores. Esse tipo de gesso também é utilizado na inclusão de próteses removíveis e totais.
Gesso tipo III, IV e V: diferenças e usos específicos
O gesso tipo III, conhecido como gesso pedra, é caracterizado por partículas mais uniformes e maior resistência que os tipos I e II. Ele é amplamente utilizado na confecção de modelos para aparelhos ortodônticos, placas de clareamento e oclusais, e modelos de estudo.
O gesso tipo IV, ou gesso pedra de alta resistência, é extremamente duro e possui baixa expansão. É indicado para confecção de troqueis e próteses fixas, garantindo alta precisão em restaurações indiretas, como inlays, onlays e facetas.
Por fim, o gesso tipo V, chamado de gesso pedra extra-duro, possui excelente resistência e capacidade de expansão, sendo ideal para trabalhos protéticos que envolvem a fundição de peças metálicas. Esse tipo de gesso compensa as contrações do material metálico durante a solidificação, garantindo precisão nos resultados.
Como é feita a manipulação e armazenamento do gesso odontológico?
A manipulação correta do gesso odontológico é fundamental para garantir a qualidade dos moldes e evitar desperdícios. A preparação do gesso envolve a reidratação do pó com água destilada, resultando em uma mistura fluida e homogênea. A relação entre água e gesso deve seguir as recomendações do fabricante, já que uma quantidade excessiva de água pode comprometer a resistência e a durabilidade do material.
Os materiais necessários para a manipulação incluem uma cuba de borracha, espátula de gesso, medidor de água e uma balança para garantir a dosagem correta. Em laboratórios mais avançados, o uso de espatuladores a vácuo e vibradores de gesso pode ajudar a obter uma mistura mais homogênea e evitar a formação de bolhas de ar no molde.
Quanto ao armazenamento, o gesso deve ser mantido em local seco e fresco, longe de umidade e fontes de calor. Armazenar o gesso em recipientes herméticos ajuda a manter suas propriedades por mais tempo, evitando que ele absorva umidade do ambiente e perca sua eficiência.
Erros comuns na utilização de gesso e como evitá-los
O uso inadequado do gesso odontológico pode comprometer a qualidade dos moldes e dos modelos, levando a erros nos tratamentos. Entre os erros mais comuns estão:
- Proporção incorreta de água e gesso: adicionar mais água do que o recomendado pode prolongar o tempo de secagem e resultar em um gesso mais frágil e poroso.
- Espatulação inadequada: a falta de vigor na espatulação pode causar a formação de bolhas, o que compromete a precisão do modelo.
- Falha na limpeza dos instrumentos: resíduos de gesso em espátulas e cubas podem endurecer e causar defeitos na mistura seguinte.
Para evitar esses problemas, é essencial seguir as instruções do fabricante quanto à proporção de água e pó, realizar uma espatulação vigorosa e limpar imediatamente todos os instrumentos após o uso.
Inovações no uso de gesso em laboratórios digitais
Com o avanço da tecnologia, os laboratórios odontológicos estão se tornando cada vez mais digitais, incorporando ferramentas que melhoram a precisão e a eficiência dos procedimentos.
O gesso odontológico ainda desempenha um papel crucial, mas sua manipulação tem sido facilitada por novos equipamentos, como espatuladores automáticos, dosadores eletrônicos e vibradores de última geração, que reduzem a margem de erro humano e garantem uma qualidade superior nos moldes.
Além disso, o uso de impressoras 3D para criar modelos dentários a partir de escaneamentos digitais está se tornando uma tendência em laboratórios. Mesmo assim, o gesso continua a ser um material complementar essencial em diversos processos, especialmente quando se trata de criar modelos precisos para tratamentos ortodônticos e protéticos.
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