Quando é necessária a esterilização na autoclave, existem alguns processos definidos por lei que precisam ser seguidos para garantir a eficácia. Os ciclos de esterilização na autoclave são alguns desses processos.
Neste post, você vai aprender o que são estes ciclos e como preparar os materiais para a esterilização na autoclave, visando garantir a segurança do profissional e de seus pacientes. Além disso, você entenderá como deve ser feita a emissão do laudo técnico da autoclave.
Acompanhe!
O que é um ciclo de esterilização na autoclave?
Os ciclos de esterilização da autoclave são essenciais para garantir a eliminação de microrganismos patogênicos em instrumentos e materiais utilizados em procedimentos médicos. Esses ciclos submetem os itens a altas temperaturas e pressões, destruindo bactérias, vírus e fungos.
A esterilização adequada é crucial para prevenir infecções e promover a segurança dos pacientes e profissionais de saúde. Os ciclos variam de acordo com o tipo de material e o nível de esterilização necessário.
Portanto, seguir corretamente os protocolos de esterilização da autoclave é fundamental para garantir a eficácia do processo e a qualidade do atendimento médico.
Para se ter uma ideia da importância de uma esterilização na autoclave bem-feita, a ANVISA determinou em sua Resolução RDC N15 como devem ser os ciclos de esterilização para autoclaves Classe N Gravitacionais.
Conheça os ciclos de esterilização autoclave!
A seguir, falamos detalhadamente de cada ciclo de esterilização e sua importância no processo. Confira!
Fase de acondicionamento
Esta primeira fase vem antes do pré-aquecimento da câmara interna por transmissão de calor à carga e antes de atingir o ponto de pressurização.
Ela é necessária, pois ainda podem restar bolhas de ar após o aquecimento, que é quando o ar e a carga são retirados do aparelho. Para retirar essas bolhas, é feita uma despressurização, que por sua vez é realizada antes do processo de saturação.
Fase de aquecimento
Outro importante ciclo de esterilização da autoclave Classe N Gravitacional é a fase de aquecimento.
Ela acontece através de uma resistência elétrica imersa na água destilada na parte interior da câmara interna. Quando o ponto de ebulição é atingido, ocorre a geração de vapor saturado e a pressão dentro da câmara passa a subir.
Para isso, a temperatura da esterilização da autoclave deve atingir de +121ºC a +134ºC no painel da autoclave.
Patamar de esterilização
Dentro da câmara de inox, passam a valer três parâmetros que são fundamentais para o processo: tempo, temperatura e pressão.
Quando o patamar ideal para esterilização é atingido (121ºC e 110 kPa), o processo de esterilização começa em cerca de 20 minutos. No entanto, se a temperatura de 124ºC e 210 kPa for atingida, o processo se inicia em cerca de 6 minutos.
Fase de despressurização
Após o término do patamar de esterilização, ocorre a despressurização, que é quando a pressão positiva dentro da câmara é aliviada. O vapor deve ser retirado e o processo de secagem da carga começa.
Fase de secagem
Em seguida, depois de eliminado o vapor, é hora de eliminar a umidade residual na carga empacotada. É um processo extremamente importante, já que a umidez é uma porta de entrada certa para a contaminação.
Na maioria dos modelos, não é necessário que a porta do equipamento seja aberta. No entanto, existem modelos que finalizam a secagem com a porta entreaberta, consulte sempre o vendedor.
Fase final do ciclo
Então, depois de finalizada a secagem, deve-se abrir a porta do equipamento e aguardar de 3 a 5 minutos para manipular as cargas. Lembrando que é necessário verificar a indicação de cada fabricante das peças para a retirada dos materiais estéreis da autoclave.
Agora que você conheceu os ciclos de esterilização, continue a leitura para entender como preparar os materiais para a esterilização na autoclave.
Leia também: Teste biológico para autoclave – saiba como fazer
Preparo do material para esterilização: passo a passo
Para preparar os materiais para esterilização na autoclave, é necessário limpar os itens adequadamente, remover resíduos, embalar corretamente em materiais apropriados e identificar cada pacote para rastreabilidade e fácil identificação pós-esterilização. Confira os passos a seguir.
Desinfecção
Antes de dar início à esterilização, os materiais devem passar por uma descontaminação e lavagem inicial.
Neste processo, você deve colocá-los na lavadora cuba ultrassônica com a água até o nível limite indicado. Então, use detergente enzimático e deixe os instrumentos imersos na solução até o tempo estimado na embalagem do produto químico.
Limpeza
O próximo passo é retirar sujeiras e resquícios de matéria orgânica dos materiais.
Para isso, utilize escovas de cerdas macias e limpe muito bem cada parte das peças.
Enxágue
Após a limpeza, faça o enxágue para eliminar de vez qualquer indício de contaminação.
No entanto, para realizar esse procedimento, é muito importante que a água utilizada seja potável e filtrada.
Secagem
A seguir, seque os materiais com papel toalha, ou uma secadora de instrumentais e elimine a água da lavagem. Isso deve ser feito para acabar com a interferência da umidade, que pode atrapalhar a limpeza.
Revisão
Feito isso, é hora de realizar a inspeção visual de tudo o que foi higienizado. Se você encontrou alguma sujeira ou resíduo em algum material, ele deve retornar ao início do processo.
Embalar em papel apropriado
Além disso, também é necessário embalar cada peça em papel grau cirúrgico para que elas possam passar pela esterilização na autoclave, método mais indicado para este tipo de material.
Primeiramente, você deve armazenar cada instrumento em pacotes próprios e com passagem de vapor. Então, logo depois é preciso identificar as embalagens para esterilização.
Esterilização na autoclave
Em seguida, o próximo passo é utilizar a autoclave para fazer a esterilização completa dos equipamentos.
Esse processo é feito através da circulação e drenagem do ar e penetração do vapor nos materiais. Assim, a higienização é feita de forma completa.
Para saber qual é a temperatura da autoclave para esterilização, é necessário analisar as recomendações do fabricante da peça.
Por que é importante fazer essa preparação?
Alguns testes microbiológicos já comprovaram que o risco de contaminação por materiais odontológicos existe.
Até mesmo os que não foram utilizados, mas ficaram expostos durante um atendimento, também apresentaram o mesmo tipo de risco. É o que chamamos de contaminação cruzada.
Isso acontece por conta da deposição de aerossóis produzidos por saliva, sangue e outros fluidos orgânicos: eles contaminam os produtos e podem ser altamente prejudiciais à nossa saúde.
Por essa razão, é fundamental que o preparo e empacotamento de artigos para esterilização seja devidamente feito.
Problemas comuns e soluções
Manter uma autoclave em pleno funcionamento é importante para garantir a eficácia da esterilização de materiais odontológicos. Alguns problemas comuns podem comprometer o ciclo de esterilização, mas há soluções práticas que ajudam a identificar e resolver essas falhas.
Autoclave não completa o ciclo
Se a autoclave não está completando o ciclo, isso pode ser devido a um problema de pressão, vedação inadequada ou falhas no sistema de aquecimento. Para resolver, verifique se a câmara está devidamente lacrada, certifique-se de que os níveis de água e vapor estão corretos e inspecione o funcionamento das resistências. A manutenção preventiva regular também ajuda a prevenir esses problemas.
Esterilização em autoclave: tempo e temperatura
A esterilização em autoclave é um processo que depende do controle exato de tempo e temperatura. O problema comum está na variação desses parâmetros, que pode comprometer a esterilização.
A solução envolve garantir que a temperatura correta seja mantida entre 121°C e 134°C e que o ciclo dure entre 6 a 20 minutos, dependendo do tipo de material. A falha nesses controles pode resultar em uma esterilização incompleta, permitindo a sobrevivência de micro-organismos. O monitoramento contínuo com indicadores químicos e biológicos é fundamental.
Como comprovar o processo de esterilização
Para garantir que o processo de esterilização foi bem-sucedido, é necessário utilizar ferramentas de verificação e monitoramento.
Indicadores biológicos e químicos
Indicadores biológicos, como esporos bacterianos, são os métodos mais confiáveis para verificar a eficácia da esterilização, já que confirmam a eliminação de microrganismos. Indicadores químicos, como tiras que mudam de cor com a exposição ao calor, são úteis para uma verificação rápida e visual.
Protocolos de verificação
Seguir protocolos de verificação padronizados, como os exigidos por regulamentações da ANVISA, é essencial para garantir a segurança dos pacientes e a conformidade com normas sanitárias. Protocolos como o uso de testes diários, semanais e mensais devem ser implementados para assegurar a consistência dos resultados.
Melhorias na manutenção de autoclaves
Manter uma autoclave em perfeitas condições é vital para garantir sua eficiência e prolongar sua vida útil.
Procedimentos recomendados
Realizar inspeções regulares nos componentes da autoclave, como a câmara de esterilização e os sistemas de vedação, ajuda a identificar desgastes e evitar falhas. Também é importante seguir o cronograma de manutenção preventiva sugerido pelo fabricante.
Ferramentas de monitoramento
Investir em ferramentas de monitoramento contínuo, como sensores de temperatura e pressão, ajuda a garantir que o ciclo de esterilização ocorra dentro dos parâmetros corretos. Essas ferramentas fornecem dados em tempo real e podem alertar sobre possíveis falhas no processo.
Agora que você já entendeu como funciona cada detalhe para fazer a esterilização na autoclave, é importante contar com bons fornecedores de equipamentos de qualidade para ter maior assertividade com o processo.
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